9.3.11

Gravidez com Mola Hidatiforme


Gravidez com Mola Hidatiforme

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A mola hidatiforme é uma forma de gravidez geneticamente anormal, da qual não resulta o nascimento de um bebé.

Na gravidez com mola hidatiforme existe um excesso de desenvolvimento da placenta e pouco ou nenhum tecido embrionário. A maior parte das vezes uma cirurgia feita para remover este tecido (esvaziamento uterino) resolve a situação, mas, ocasionalmente, o tecido persiste e a doença comporta-se como um tumor maligno, com capacidade de invadir a parede uterina e de produzir metástases (tumores em órgãos distantes disseminados pela corrente sanguínea).

Por vezes as grávidas com mola hidatiforme sentem uma perda de sangue vaginal no primeiro trimestre da gravidez, mas muitas não têm qualquer queixa na altura em que realizam a primeira ecografia de rotina. Aqui é feito o diagnóstico de uma gravidez sem embrião vivo, não sendo frequentemente possível estabelecer com segurança o diagnóstico de mola hidatiforme.

A medição no sangue de uma hormona produzida pela placenta (a gonadotrofina coriónica humana – hCG) demonstra níveis anormalmente elevados. O diagnóstico definitivo é feito no exame do tecido removido do útero. A mola hidatiforme é considerada benigna quando, após esvaziamento uterino, os níveis de hCG no sangue descem até valores normais em 8-12 semanas. Nas formas malignas, os níveis sobem ou estabilizam em valores anormais. É assim fundamental manter uma vigilância regular dos níveis de hCG no sangue, após o esvaziamento uterino.

É importante, sempre que ocorra uma gravidez inviável ou um abortamento espontâneo, que os tecidos expulsos do útero sejam recolhidos para exame histológico, já que apenas este pode excluir ou confirmar o diagnóstico de mola hidatiforme.

A mola hidatiforme afecta uma em cada 570 gravidezes em Portugal, sendo mais comum nas idades extremas da fase reprodutiva. Nesta doença existe uma expressão excessiva dos genes paternos, podendo resultar da fertilização de um ovo anucleado por um ou dois espermatozóides, mas a razão por que isto acontece não é conhecida.

Mola Hidatiforme maligna

Nas formas malignas de mola hidatiforme, após o esvaziamento uterino, os níveis de hCG sobem ou estabilizam em valores anormais. Nestas situações é geralmente necessário tratamento com quimioterapia em centros especializados. Quando existe vigilância regular e um diagnóstico precoce, praticamente todas as mulheres ficam curadas. Já quando o diagnóstico é tardio a cura nem sempre é garantida e por vezes é necessário o recurso a cirurgia ou a radioterapia.

Planeamento de nova gravidez

Após uma mola hidatiforme, a gravidez deve ser adiada durante pelo menos seis meses após os níveis de hCG ficarem negativos. Quando é necessária quimioterapia deve-se aguardar pelo menos um ano. Durante este período é essencial utilizar uma forma segura de contracepção. Mais de 98 por cento das mulheres que engravidam após uma mola hidatiforme têm uma gravidez normal. Cerca de 2 por cento volta a ter uma nova mola hidatiforme. 

Maria Jorge Costa

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